sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PROCESSOS DE APRENDIZAGENS...

As observações aqui pontuadas pretendem aprofundar em uma perspectiva dialógica e mediadora o desenvolvimento da 5ª turma do Curso de História e Cultura Indígena e Afro Brasileira no ensino fundamental e médio, na disciplina Educação e Contemporaneidade.

A proposta apresentada pela Professora Josely Muniz visou oportunizar a turma, em muitos momentos de expressão de idéias, e retomar dificuldades referentes aos conteúdos introduzidos e desenvolvidos. A realização de trabalhos em grupos trouxe a possibilidade de auxílio mutuo frente às dificuldades (princípio de interação entre os iguais), tentando garantir o desenvolvimento de cada pessoa, estimulando o entendimento de novos conceitos trazidos em cada aula.

O programa propôs em cada etapa tarefas relacionadas com as anteriores, numa graduação de desafios coerentes apresentados ao longo do processo.

Acreditamos que o desafio maior para a turma foi converter a tradicional rotina de atribuir conceitos classificatórios às tarefas (leitura superficial dos textos, pouco envolvimento com o propósito, a falta de entendimento por parte de alguns, pouca interação e participação qualificada nas aulas). Calculando notas de desempenho final. O que causa estranhamento é que se trata de uma turma de especialização e ainda percebemos memorização no lugar de aprendizado, cumprimento de tarefas no lugar de compreensão, passividade no lugar de participação; posturas inconciliáveis com a formação de “Especialistas”!

Vale ressaltar que tal postura “a priori” nega a vivência necessária a qualquer pessoa, para evoluir no processo, no entanto, “... ninguém foi educado para isso. Não vai vir tudo curtinho. O processo da reflexão do adulto também tem uma evolução”. (Freire, M. 1989, p.6)
Referências:
FREIRE, Paulo. Primavera Madalena. Prefeitura Municipal de Educação: Porto Alegre, 1989.

6 comentários:

  1. Nossa, que bonito! Quem escreveu isso?

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  2. Estamos, indubitavelmente, num momento singular do processo histórico, este em que as certezas são todas abaladas e há a possibilidade de vislumbrar novos caminhos, que é o que ocorre quando experimentamos uma ruptura do paradigma civilizatório. Um mar de possibilidades está à nossa frente, faremos escolhas como fizemos, enquanto humanidade ocidental, na construção do paradigma moderno. Deixaremos coisas do lado de fora, mas agora sabendo que as estamos deixando, com a percepção de que não há certezas garantidas, mas possibilidades. No embate entre as escolhas, o possível e as circunstâncias estaremos dizendo o que estamos sendo enquanto humanidade e deixando vestígios.
    Na perda da certeza pedagógica eclode o ser-projeto, sujeito do processo e a tranquilidade de que a construção é de cada um no confronto e no conflito com a rede de relações na qual está imerso e na estrutura de significados que daí advém.
    A mudança conceitual na visão do mundo e que exige uma mudança radical (no sentido filosófico) dos processos educativos, impõe,a rigor, uma nova epistemologia do sujeito que aprende. O que ocorrerá na tessitura com o tempo.
    Josely.

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  3. Aline Nepomuceno - Psicopedagogia20 de agosto de 2009 às 14:38

    De fato precisamos dialogar com o conhecimento, tece-lo, construi-lo e reconstrui-lo, e isso demanda tempo e determinação.

    Em breve editarei o blog da minha equipe do curso de Psicopedagogia - turmas 8 e 9.

    Espero que a turma, e particularmente eu, estejamos no caminho da busca e construção e não da mera reprodução.

    Sucesso ao grupo Argumento pela seriedade e competência profissional.

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  4. Prof Josely,

    É um fato que estamos num momento de ruptura, mas, às vezes, tampamos os olhos para isso, e, simplismente, ignoramos. Todavia, já estando consciênte disso não podemos mais voltar atrás..

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  5. Aline,
    O grupo agradece a sua visita, assim que seu blog estiver pronto mande-nos o link que visitaremos e comentaremos. Dialogar e discutir esse conhecimento é de fundamental importância tanto para a profissão e estudo, como também para a vida.

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